A Sociedade Brasileira de Diabetes divulgou uma nota de esclarecimento sobre o coronavírus (COVID-19) orientando, com informações relevantes das autoridades de saúde, a respeito do assunto.
A nota contrapõe-se a mensagens com conteúdo alarmista veiculadas em alguns órgãos. A médica endocrinologista Cristina Schreiber de Oliveira repercutiu o conteúdo da nota. “Neste momento, precisamos esclarecer o máximo possível as pessoas”, afirmou.
Veja a nota:
“A Sociedade Brasileira de Diabetes, em consonância com as informações divulgadas pelo Ministério da Saúde, vem por meio desta nota disponibilizar informações e orientações para os cuidados de prevenção da propagação da doença.
Cientes de que pessoas com diabetes, assim como pacientes cardiopatas, com doenças cardiorrespiratórias pré-existentes e idosos, compõem segmento de risco para complicações com a infecção, orientamos que a transmissão do coronavírus se dá por contato próximo de pessoa para pessoa.
O coronavírus se espalha com uma taxa alta de transmissibilidade. A transmissão costuma ocorrer pelo ar ou por contato pessoal com secreções contaminadas, como:
GOTÍCULAS DE SALIVA;
ESPIRRO;
TOSSE;
CATARRO;
CONTATO PESSOAL PRÓXIMO, COMO TOQUE OU APERTO DE MÃO;
CONTATO COM OBJETOS OU SUPERFÍCIES CONTAMINADAS, SEGUIDO DE CONTATO COM A BOCA, NARIZ OU OLHOS.
Os sintomas são semelhantes aos de uma gripe. Pode também causar pneumonia e os principais indícios de gravidade são:
FEBRE;
TOSSE;
DIFICULDADE PARA RESPIRAR.
O diagnóstico é feito com a coleta de material da via respiratória.
Não existe tratamento específico para infecções causadas por coronavírus humano, sendo recomendações importantes o repouso e o consumo de bastante água. Medicação sintomática, sob prescrição médica, pode ser utilizada.
Entre as medidas preventivas estão:
Evitar contato próximo com pessoas que sofrem de infecções respiratórias agudas ou que apresentem sintomas da doença;
Realizar lavagem frequente das mãos, especialmente após contato direto com pessoas doentes ou com o meio ambiente. Se não houver água e sabonete, usar um desinfetante para as mãos à base de álcool;
Utilizar lenço descartável para higiene nasal;
Cobrir nariz e boca quando espirrar ou tossir;
Evitar tocar mucosas de olhos, nariz e boca;
Higienizar as mãos após tossir ou espirrar;
Não compartilhar objetos de uso pessoal, como talheres, pratos, copos ou garrafas;
Manter os ambientes bem ventilados;
Limpar e higienizar objetos e superfícies tocados com frequência;
Manter controle glicêmico adequado, medicamentos e insulinas regularmente;
Manter-se sempre hidratado;
Manter sono com qualidade, assim como a alimentação;
Evitar aglomerações e viagens para locais com casos registrados de doentes.
Risco é menor para quem tem doença controlada
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Vale ressaltar que a condição é relativamente leve em jovens, especialmente em crianças e que a maioria das pessoas contaminadas são assintomáticas ou têm sintomas leves.
Por outro lado, as pessoas com diabetes vulneráveis e que provavelmente terão resultados piores se contraírem COVID-19 são aquelas com longa história de diabetes, mau controle metabólico, presença de complicações e doenças concomitantes e especialmente os idosos (>60 anos), independentemente do tipo de diabetes.
O risco de complicações na pessoa com diabetes bem controlado é menor, tanto para o diabetes tipo 1 quanto para o tipo 2.
Atenção:
– A SBD não recomenda a compra para estoque de insumos para diabetes tais como insulinas, canetas, cateteres ou cânulas de bomba pelo receio de falta de materiais justificado por alguns pacientes.
– Também não recomenda qualquer tratamento para “aumentar a imunidade”. A SBD estará disponível para esclarecer qualquer dúvida através do seu site e vigilante a atualizar os informes para as pessoas com diabetes, caso seja necessário.
Seguir o conselho simples de higiene respiratória e das mãos ajudará a todos a manter sua saúde. Quaisquer sintomas suspeitos devem ser avaliados pela equipe médica.
Como o controle glicêmico é a chave para o sucesso, monitorar frequentemente sua glicemia e ajustar medicações em geral ou insulinas – sempre com orientação médica – são procedimentos que podem prevenir complicações não apenas desta nova virose como também do próprio diabetes.”
Fontes: Ministério da Saúde / IDF / ADA / SBD